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“Vital de Oliveira” (H39) realiza importantes estudos de potencial petrolífero no nordeste e norte do Brasil

Um dos mais modernos navios de pesquisa hidroceanográfica do hemisfério sul, o “Vital de Oliveira”, pertencente a Marinha do Brasil, esta realizando levantamentos de dados geofísicos, geológicos, oceanográficos e biológicos na Margem Equatorial Brasileira. A região que se estende por mais de 2.200 km ao longo da costa, entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte, é apontada como sendo a nova fronteira para exploração de petróleo em águas profundas e ultraprofundas no Brasil.
O NPqHo “Vital de Oliveira”, esta subordinado à Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), e suspendeu da Base de Hidrografia da Marinha localizada na cidade de Niterói (RJ), no dia 3 de maio, iniciando sua jornada de pesquisas. Recentemente o navio realizou uma escala no Porto de Belém (PA), onde realizou reabastecimento e embarque de pesquisadores entre os dias 30 de maio e 2 de junho.
Com uma tripulação composta por 130 militares e 28 pesquisadores da Petrobras, Universidade de São Paulo (USP), Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Universidade Federal do Pará (UFPA), o navio subsidia projetos científicos selecionados pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação, Petrobras e Serviço Geológico do Brasil.
“Para desenvolver todo o trabalho, foram alocados 70 dias de comissão, sendo 58 dias específicos de operação no mar”, explica o Capitão de Fragata Leandro dos Santos Novaes, Comandante do NPqHo “Vital de Oliveira”.
O “Vital de Oliveira” foi incorporado à Marinha do Brasil há 8 anos (2015), construído pelo estaleiro chinês Guangzhou Hantong Shipbuilding and Shipping Co. Ltd, e após a finalização de sua construção, seguiu para Singapura, onde recebeu todos sistemas que equipam os cinco laboratórios a bordo, sendo dois molhados e três secos. Sua aquisição estimada em  aproximadamente R$ 162 milhões, é fruto do acordo de cooperação firmado entre a Marinha, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Petrobras e Vale.  O nome do navio é uma homenagem ao Capitão de Fragata Manoel Antônio Vital de Oliveira (1829-1867), morto em combate durante a Guerra do Paraguai.
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Considerado um dos mais modernos navios do tipo operando no hemisfério sul, o “Vital de Oliveira” possui 78m de comprimento e 20m de boca (largura), capaz de atingir a velocidade de 10 nós (18,5 km/h), com autonomia para navegar por até 30 dias ininterruptos, sem a necessidade de paradas para reabastecimento.
Projetado para servir como como plataforma marítima, laboratório oceânico e multiuso, carrega 28 equipamentos para pesquisas em águas rasas e profundas. É conhecido como “Polvo Hidrográfico”, devido à multiplicidade de equipamentos.
Um dos destaques é o veículo submarino operado remotamente, utilizado para observação do fundo do mar e para pequenas intervenções. Equipado com câmeras de vídeo e diversos sensores, pode operar a quatro mil metros de profundidade, percorrendo espaços restritos, como tubulações e partes de navios naufragados.
O “Vital de Oliveira” tem realizado ao longo dos 8 anos que decorrem desde sua incorporação, importantes pesquisas, sendo um verdadeiro divisor de águas nas capacidades brasileiras em pesquisas hidroceanográficas, o que confere condições de levantar diversos dados estratégicos, que podem influir diretamente no curso da economia do mar no Brasil, sendo uma prova inconteste da importância de investimentos  na aquisição de novas plataformas para Marinha do Brasil.

 

Por Angelo Nicolaci

com informações da Marinha do Brasil

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