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JLTV – Proteção, flexibilidade e versatilidade para Força de Fuzileiros Navais

O “Joint Light Tactical Vehicle” (JLTV), é uma viatura que alia a robustez, flexibilidade de emprego e a versatilidade de operação nos mais variados e complexos cenários de combate, se constituindo uma solução arrojada face as ameaças modernas encontradas nos campos de batalha do século XXI.

A viatura da Oshkosh Defense, apresenta um alto nível de proteção para sua tripulação, sendo capaz de resistir a explosão de IED’s (Dispositivos Explosivos Improvisados) e garantindo mobilidade nos mais variados tipos de terreno, sendo uma ferramenta de grande valor tático, desenvolvido para substituir os icônicos Humvee (HMMWV) nas forças armadas dos EUA, incorporando inúmeras inovações em segurança e capacidade, fruto das lições obtidas durante o início dos anos 2000, frente as novas ameaças identificadas na “Guerra ao Terror”, gerando uma viatura pronta para lidar com as novas ameaças.

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A Marinha do Brasil, no âmbito do programa “ProAdSumus”, firmou em 5 de outubro de 2020, o contrato de aquisição da Viatura Blindada Leve Sobre Rodas (VtrBldL SR) 4X4, onde foi selecionado o “Joint Light Tactical Vehicle” (JLTV), como novo meio operativo da Força de Fuzileiros Navais, aquisição realizada por meio do programa “Foreign Military Sales” (FMS), estabelecido pelo “Arms Export Control Act” (AECA) de 1976, administrado pela Agência de Defesa, Segurança e Cooperação (Defense Security Cooperation Agency – DSCA), órgão integrante da estrutura do Departamento de Defesa (DoD) dos Estados Unidos da América, por meio do qual governos de países estrangeiros e organizações internacionais estabelecem contratos ou acordos, denominados “CASES”, para a obtenção de material, serviços e treinamento de pessoal junto ao governo norte-americano.

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Através deste contrato, ficou definido o fornecimento de materiais e serviços de defesa composto por 12 “Joint Light Tatical Vehicle Heavy Gun Carrier” (JLTV HCG), produzidos pela norte-americana “OSHKOSH DEFENSE”, os quais serão viaturas completas, incluindo no pacote kits de integração, equipamentos, armas, sistemas e subsistemas e Pacote Logístico integrado (equipamentos de testes e ferramental, sobressalentes, treinamento, manuais técnicos, logística e assistência técnica).

O Cronograma de chegada das novas VtrBldL SR, estava previsto inicialmente para outubro de 2022, porém, o cronograma sofreu algumas alterações devido aos impactos da pandemia do Covid-19 na cadeia produtiva mundial, e está prevista para ser iniciada a entrega na segunda quinzena de fevereiro deste ano, sendo distribuída em três lotes de quatro viaturas (VtrBldL SR).

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Conforme já dito, o primeiro lote chegará na segunda quinzena deste mês de fevereiro, com a apresentação oficial da viatura programada inicialmente para o dia 7 de março.  O segundo lote tem previsão de prontificação para o último trimestre de 2023, e o último lote será entregue no início de 2024.

O Armamento da VtrBldL SR 4×4

A nova Viatura Blindada Leve Sobre Rodas (VtrBldL SR) 4×4, terá seu poder de fogo constituído a princípio com uma estação de armamento Objective Gunner Protection Kit 1.0 (OGPK 1.0) integrada, a qual poderá ser mobiliada com os seguintes armamentos: M2A1 Machine Guns, MK19 Mod 3 CMG, M240 (modelo de infantaria) 7,62mm Machine Gun.

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Esta torre tripulada oferece poder de fogo e proteção ao seu artilheiro, apesar de representar maior peso e espaço que um Sistema de Armas Remotamente Controlado (SARC).

Possibilidades futuras

A introdução da VtrBldL SR 4×4, representa um importante ganho as capacidades expedicionárias e de pronto emprego da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), conferindo a mesma maior mobilidade e proteção para atuar frente as adversidades no campo de batalhas moderno, seja contra uma ameaça a nossa soberania, quer seja em missões de manutenção da paz no âmbito da ONU, onde nos qualificamos no nível 3 do Sistema de Prontidão da ONU.

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O “JLTV” vem a ocupar uma lacuna que existia em nossas capacidades, constituindo-se uma viatura no “Estado da Arte”, coloca o Brasil novamente ocupando uma posição de destaque dentro da ONU, sendo capaz de atender as demandas que a mesma venha nos apresentar, atendendo aos requisitos operativos para envio de força de paz em cenários como o encontrado na República Centro Africana, onde não atuamos devido a ausência de um meio com tais características em nosso inventário.

Sistema “SARC”, uma opção a ser considerada

Apesar do alto nível apresentado pela nova aquisição da Marinha do Brasil, a ausência de uma estação de armas remotamente controlada, como encontrado em algumas variantes desta viatura operada pelas forças norte-americanas, nos leva a algumas importantes considerações.

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O “SARC” além de entregar maior proteção, ocupar menor espaço no “casco” da viatura, ainda possibilita maior precisão ao armamento e a capacidade de operações noturnas mais seguras com emprego de sistema de visão noturna e também imagem por IR.

Esta lacuna pode ser sanada com a integração de um sistema nacional com capacidade comprovada, oferecendo maior nível de proteção e precisão ao sistema de armas embarcado na VtrBldL.

O sistema SARC “Remax” desenvolvido e produzido pela brasileira ARES, é uma interessante opção para ampliar as capacidades da nova viatura dos Fuzileiros Navais, sendo uma solução já testada e integrada ao VBTP “Guarani” do Exército Brasileiro, também prevista para ser integrada no VBMT-LR 4×4 (Lince).

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O “SARC-Remax” inclusive já chegou a ser cogitado para equipar as viaturas Mowag “Piranha III-C” operadas pela Força de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, tendo sido avaliado e intensamente testado na viatura, porém, o mesmo não foi incorporado àquela época, devido as questões que envolviam a garantia oferecida pelo fabricante da viatura, a qual seria perdida caso houvesse a integração do sistema brasileiro nos “Piranhas”.

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Em breve publicaremos uma matéria focada nos sistemas de armas remotamente controlados, apresentando suas características, sistemas optrônicos, armamentos e muito mais.

 

Características do JLTV

 

Motorização: GM Duramax V8

Transmissão: Allison automática; caixa de transferência Oshkosh

Suspensão: Sistema independente Oshkosh TAK-4i

Alcance Operacional: 482,80 km

Velocidade: 110 km/h

 

 

Por Angelo Nicolaci

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