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Engenharia da Classe Tamandaré e a geração de empregos

Iniciado em 2017, o Programa Fragatas Classe “Tamandaré”, da Marinha do Brasil, tem o objetivo de promover a renovação da Esquadra com quatro navios modernos, de alta complexidade tecnológica, construídos no País. O Programa é um elemento fundamental e um meio indispensável, tanto para o controle de áreas marítimas de interesse, evitando o acesso de meios não desejáveis pelo mar, como também para que o País atue sob a égide de organismos internacionais e em apoio à Política Externa, de forma compatível com a inserção do Brasil no cenário internacional.

No dia 27 de março de 2019, foi anunciada a SPE Águas Azuis como a melhor oferta para o Programa. A Águas Azuis é formada pelas empresas thyssenkrupp Marine Systems, Atech e Embraer Defesa e Segurança. Em 5 de março de 2020, a Empresa Gerencial de Projetos Navais e a SPE Águas Azuis assinaram os contratos para a construção da Classe “Tamandaré”.

Naquele momento, foram assinados o contrato principal para aquisição, por construção no País, de quatro Fragatas, e o contrato coligado, que trata do Acordo de Compensação. Este último tem como objetos as transferências de conhecimento e de tecnologia referentes ao Sistema de Gerenciamento de Combate e ao Sistema Integrado de Gerenciamento da Plataforma, bem como cursos de operação e manutenção das futuras Fragatas.

Com a evolução da engenharia e utilização de modernos processos de produção adotados no Programa Fragatas Classe “Tamandaré”, os navios são edificados em blocos. Por isso, no caso da Fragata “Tamandaré”, a primeira das quatro que serão entregues, o batimento de quilha é caracterizado pelo posicionamento, no seu local de edificação, de um importante bloco estrutural, que pesa cerca de 52 toneladas e corresponde à praça de máquinas da parte de vante (frente) do navio, onde serão instalados dois motores, uma caixa redutora e diversas bombas e equipamentos auxiliares.

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Esses navios, com previsão de entrega entre 2025 e 2029, terão alto poder de combate e serão capazes de proteger a extensa área marítima brasileira, com mais de 5,7 mil km², denominada “Amazônia Azul”, além de realizar operações de busca e salvamento e atender a compromissos internacionais. Os navios serão empregados na patrulha das Águas Jurisdicionais Brasileiras, com ênfase na fiscalização e proteção das atividades econômicas, principalmente a petrolífera e a pesqueira.

Dois mil empregos diretos e 6 mil indiretos devem ser gerados no auge da produção dos navios. A produção será feita com, pelo menos, 30% de conteúdo local no primeiro navio, e 40% a partir do segundo, o que proporciona uma transferência gradual de tecnologia em engenharia naval para a fabricação de navios militares e sistemas de gerenciamento de combate e de plataforma em solo brasileiro. As fragatas serão baseadas no projeto alemão MEKO, já utilizado em 82 embarcações em operação em marinhas de 15 países.

Sobre esse assunto, o CEO da Águas Azuis afirmou que esse empreendimento em Itajaí contribui para que Santa Catarina figure entre os estados com as menores taxas de desemprego do País. “Crescimento socioeconômico, transferência de tecnologia, garantia de conteúdo local que alavanca a base industrial de defesa e formação de mão de obra altamente qualificada”, afirmou.

Fonte Marinha do Brasil

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