
Segundo a PORTARIA – EME/C Ex Nº 932, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2022, o Exército Brasileiro irá desativar o Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP) de Categoria 1, HORUS FT 100.
A mesma portaria também determina que sejam realizados estudos sobre as possibilidades de obtenção de outro sistema que preencham a lacuna de capacidade operativa em substituição ao SARP Cat. 1 FT 100 “HORUS”.
Também fica designado ao Comando Logístico a emissão do Plano de Desativação do referido sistema, com a Portaria entrando em vigor a partir do dia 2 de janeiro de 2023.
Com a desativação do SARP FT-100 “HORUS”, surge a oportunidade para Base Industrial de Defesa apresentar soluções para atender aos requisitos que deve ser publicados no decorrer de 2023, o que representa a chance da indústria nacional fornecer seus mais novos sistemas remotamente pilotados, onde existe um interessante leque de opções para substituir o FT-100.
FT-100 “HORUS”
O FT-100 foi desenvolvido pela FT Sistemas S.A. (Flight Tech), uma empresa 100% brasileira, com sua estrutura basicamente constituída em carbono, carrega sensores de navegação e de missão com alta performance, apresentando um envergadura de 2,71 m e comprimento de 1,9 m, seu alcance chega aos 12 km, com uma autonomia máxima de 2 horas. Carrega sensores embarcados EO/IR, laser pointer, SIGINT e aerofotogrametria, tendo voado a primeira vez em 2011.
O “Horus” foi a primeira Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) nacional a estar equipada para realizar operações noturnas, condição que permite desempenhar missões específicas para batalhões de operações especiais, vigilância e reconhecimento, além de poder apoiar um variado leque de missões.
A bem sucedida operação do “Horus”, resultou em sua exportação para um país africano em 2014, transação que contou com a intermediação do Ministério da Defesa, tornando-se o primeiro VANT exportado pelo Brasil.
Por Angelo Nicolaci
Brasil Defesa