
Conforme noticiamos, após o STJ derrubar a liminar que impedia o Exército Brasileiro de assinar o contrato com o Consórcio Iveco-OTO Melara, o qual daria início a aquisição das viaturas Centauro II no âmbito do programa VBC Cav MSR 8×8, na quarta-feira (14), na manhã desta quinta-feira (15), foi finalmente celebrada a assinatura do contrato.
Com este marco inicial, avançaremos para fase de recebimento de duas viaturas Centauro II, as quais servirão como exemplares para certificação dos requisitos previstos na licitação, as quais receberão todos sistemas e adequações exigidos pelo Exército Brasileiro, sendo uma variante “customizada” para atender as necessidades brasileiras.
Nesta fase, será desembolsado uma quantia de 1 milhão de reais, valor muito longe da cifra de 5,5 bilhões apontada equivocadamente pela deputada federal petista, Gleisi Hoffmann e a grande mídia. Os exemplares de teste, deverão ser entregues no primeiro trimestre de 2023, os quais serão submetidos a um rigoroso programa de avaliações pelo Centro de Avaliações do Exército (CAEx). Após cumprir este programa de avaliações para homologação, o qual deverá ser cumprido até o final de 2023, será dado início a aquisição das 98 viaturas, que deverá ter o primeiro lote entregue a partir de 2024, conforme previsto no cronograma.
Em nossas redes sociais, foi possível identificar que muitos estão desinfomados sobre o programa VBC Cav, onde repetidas vezes observamos comentários em que erroneamente as pessoas acreditam se tratar de uma compra de viaturas produzidas no exterior, porém, esclarecemos que uma das prerrogativas do programa, seria o estabelecimento de uma linha de produção em território nacional, e atendendo a este requisito, assim como ocorre com o programa VBMT-LR 4×4, onde a Iveco Defense venceu a disputa com sua viatura LMV-BR, os primeiros exemplares serão produzidos na Itália, no período em que a linha de produção será preparada na planta industrial da Iveco Defense (IDV) em Sete Lagoas (MG), onde a partir de 2027, serão produzidas as viaturas Centauro II brasileiras.
Além desta prevista produção nacional das viaturas, a fábrica da IMBEL também será qualificada para produzir munição 120mm, a qual será empregada pelo Centauro II, isso sem mencionar a introdução de componentes produzidos pela indústria nacional no projeto da variante Centauro II BR.
A brasileira AEL Sistemas, expoente de alta tecnologia no campo de sistemas eletrônicos, também integrará o programa VBC Cav, sendo a responsável por desenvolver o sistema de simulação da nova viatura do Exército Brasileiro, o que garantirá não apenas a geração e manutenção de empregos de alto nível de qualificação técnica no país, mas ampliará o domínio tecnológico pela nossa Base Industrial de Defesa (BID), resultando em maior independência tecnológica, além do retorno de parte do investimento aos cofres públicos através da arrecadação de impostos.
Quanto vai custar ?
Total geral 5,5Bi